Funcionamento dos Cuidados Paliativos

As unidades e equipas de Cuidados paliativos têm a componente de internamento, no entanto, têm também integrada a componente de domicílio e centro de dia, para os doentes com menores necessidades de assistência. Estas auxiliam no controlo dos sintomas mais difíceis, pois alguns necessitam de maior perícia dos profissionais de saúde sendo difícil o cuidador familiar controlá-los. Estas unidades são, muitas vezes, a solução para as famílias que se encontram em exaustam/claudicação familiar ou quando não existe cuidador principal.

Um serviço de cuidados paliativos, seja ele de que tipo for, isto é, internamento, de suporte hospitalar ou ao domicílio deve seguir algumas directrizes, entre elas, prestar cuidados globais, tanto o doente como os seus familiares participam na tomada de decisões; existência de um plano de apoio no luto posse de registos sistemáticos de detecção precoce e monitorização de problemas, existência de colaboração com os cuidados de saúde primários (oncologia, neurologia, entre outras) e com voluntariado organizado, existência de planos de avaliação de qualidade dos cuidados prestados, como actividades de formação e treino dos profissionais e existência de apoio aos profissionais para prevenção do burnout.


No que diz respeito à infra-estrutura de uma unidade de cuidados paliativos, não existe um modelo rígido, no entanto, há algumas recomendações que auxiliam o trabalho dos profissionais e melhoram o tratamento dado aos doentes. Assim, a unidade deve possuir entre 10 a 20 camas e 50% dos quartos devem ser individuais, pois desta forma garante-se a personalização dos cuidados. Alguém de certas condições para que o doente esteja no seu máximo conforto.


É importante não esquecer que existem associações de cuidados paliativos muito importantes e que auxiliam o seu desenvolvimento. Destaca-se, em Portugal, Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, actualmente presidida pela Dr.ª Isabel Galriça Neto.